{"id":150,"date":"2024-02-01T08:43:32","date_gmt":"2024-02-01T11:43:32","guid":{"rendered":"https:\/\/govbr.jornalfloripa.com.br\/arquivos\/150"},"modified":"2024-02-01T08:43:32","modified_gmt":"2024-02-01T11:43:32","slug":"edificio-joelma-50-anos-depois-marcas-do-incendio-permanecem","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/govbr.jornalfloripa.com.br\/arquivos\/150","title":{"rendered":"Edif\u00edcio Joelma: 50 anos depois, marcas do inc\u00eandio permanecem"},"content":{"rendered":"
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No dia 1\u00ba de fevereiro de 1974, Hiroshi Shimuta, 80 anos, chegou bem cedo ao 22\u00ba\u00a0andar do\u00a0Edif\u00edcio Joelma, no centro da capital paulista, onde trabalhava. O expediente come\u00e7ava \u00e0s 9h da manh\u00e3, mas ele decidiu chegar antes das 8h porque\u00a0queria ler os jornais antes de come\u00e7ar a jornada, para se atualizar sobre o que estava acontecendo no Brasil e no mundo.\u00a0<\/p>\n

Acabara de ser pai de g\u00eameos. Uma menina e um menino haviam nascido no dia 18 de janeiro e ele sequer os havia segurado no colo porque nasceram prematuros e ainda permaneciam no hospital.<\/p>\n

\u201cEu estava na minha sala lendo meu jornal e ent\u00e3o recebi um telefonema da portaria me informando que o pr\u00e9dio estava pegando fogo\u201d, relembra.<\/p>\n

Era por volta das 8h45 da manh\u00e3,\u00a0quando o Edif\u00edcio Joelma come\u00e7ou a pegar\u00a0fogo. Naquele dia, S\u00e3o Paulo enfrentava muitos ventos, fator que contribuiu para a propaga\u00e7\u00e3o das chamas.<\/p>\n

O inc\u00eandio no Edif\u00edcio Joelma foi uma das maiores trag\u00e9dias ocorridas no Brasil, provocando a morte de 181 pessoas e deixando mais de 300 feridas. Embora o pa\u00eds nunca tenha se preocupado em homenagear esses mortos ou transformar essa trag\u00e9dia em um memorial, as marcas e lembran\u00e7as do\u00a0inc\u00eandio permanecem vivas em muitas pessoas.<\/p>\n

Inc\u00eandio<\/h2>\n

O fogo teve in\u00edcio\u00a0no 12\u00ba\u00a0andar, ocupado pelo Banco Crefisul, resultado de um curto-circuito no sistema de refrigera\u00e7\u00e3o. O\u00a0vento\u00a0e a falta de seguran\u00e7a do pr\u00e9dio logo fizeram as chamas\u00a0se alastrarem, levando \u00e0 morte centenas de pessoas. O n\u00famero de \u00f3bitos registrados variou ao longo dos anos, mas pesquisa feita pelo jornalista e escritor Adriano Dolph, autor do livro Fevereiro em Chamas, documenta\u00a0que\u00a0181 pessoas morreram\u00a0 no inc\u00eandio.<\/p>\n

\u201cBusquei documentos oficiais do IML (Instituto M\u00e9dico Legal) e do Cemit\u00e9rio do Vila Alpina. Busquei tamb\u00e9m nos processos criminais, em documentos do Corpo de Bombeiros, no Arquivo P\u00fablico do Estado de S\u00e3o Paulo e em jornais da \u00e9poca\u201d, relembra. \u201cO que tenho s\u00e3o 181 laudos necrosc\u00f3picos\u201d, atesta\u00a0o jornalista.<\/p>\n

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\n \"CAMINHOS
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