Foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 6 de janeiro, a Lei nº 15.086/25, que inscreve o nome de Hipólita Jacinta Teixeira de Melo no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. A sanção do presidente Lula homenageia e reconhece a importância de Hipólita ao participar ativamente da Conjuração Mineira.
Hipólita Jacinta Teixeira de Melo foi a única mulher a participar de forma efetiva do primeiro movimento anticolonial ocorrido no Brasil. Ela colaborou com a comunicação entre os inconfidentes, financiou algumas das ações e ofereceu a própria residência para encontros e reuniões do movimento.
HISTÓRICA – Hipólita nasceu em 1.748 e integrava parte da elite de Vila Rica. Casou-se aos 33 anos com Francisco Antônio de Oliveira Lopes e os dois não tiveram filhos. Sua personalidade é descrita como forte, destemida e de grande intelectualidade. Segundo o Museu da Inconfidência, Hipólita Jacinta ousou sair da esfera doméstica e reivindicou lugar de fala no meio político.
A carta que avisava sobre a prisão de Tiradentes e orientava os conjurados a iniciarem o levante foi de autoria de Hipólita. Ela também escreveu diversos outros avisos e alertas aos companheiros. Ao fim da rebelião, Hipólita teve os bens apreendidos pelo governo.
LIVRO DE AÇO — O primeiro nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi o de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, incluído em 1989. Ele também participou ativamente da Inconfidência Mineira e foi o único envolvido a receber pena de morte. Personalidades como Machado de Assis, Luiz Gonzaga, Zumbi dos Palmares e Maria Beatriz Nascimento também possuem seus nomes no livro.