Em entrevista à Rádio Diário FM de Macapá nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a posição do Governo Federal em torno da potencial exploração de petróleo na chamada Margem Equatorial, na foz do Rio Amazonas: “Não é que eu vou mandar explorar. Eu quero que seja explorado. Agora, antes de explorar, temos que pesquisar”, disse, na conversa com o radialista Luiz Melo.
A Petrobras tem a maior experiência de exploração de petróleo em águas profundas. Vamos cumprir todos os ritos necessários para que a gente não cause estrago na natureza. Até porque é dessa riqueza que a gente vai ter dinheiro para construir a sonhada transição energética”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Para Lula, a primeira questão a ser equacionada é descobrir se, de fato, existe petróleo na região e em qual quantidade. “Nós temos que ver se tem petróleo. Nós temos que ver a quantidade de petróleo, porque muitas vezes você cava um buraco de dois mil metros de profundidade e não encontra o que você imaginava”, ponderou.
O presidente adiantou que em breve haverá reunião para discutir o tema no governo e viabilizar que a Petrobras seja autorizada a pesquisar. “Talvez na semana que vem teremos uma reunião com a Casa Civil, o Ibama. Precisamos autorizar que a Petrobras faça a pesquisa. É isso que queremos. Se depois a gente vai explorar, é outra discussão”, afirmou.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA – O presidente ressaltou a confiança na capacidade técnica e de cuidado ambiental da Petrobras e a importância estratégica que a riqueza poderia significar para o país. “A Petrobras é uma empresa responsável. Tem a maior experiência de exploração de petróleo em águas profundas. Vamos cumprir todos os ritos necessários para que a gente não cause estrago na natureza. Até porque é dessa riqueza que a gente vai ter dinheiro para construir a sonhada transição energética”, ressaltou o presidente, em referência aos diversos investimentos feitos no país em torno de energias renováveis. O Brasil tem a matriz energética mais limpa do planeta entre as grandes economias, com cerca de 90% da energia usada pela sociedade produzida a partir de fontes renováveis, como hidráulica, eólica, biomassa e solar, segundo informações do Ministério de Minas e Energia.
Nós não queríamos fazer obras do Novo PAC, saindo de Brasília, sem ouvir os governadores. Por isso ouvimos todos os governadores, inclusive o do Amapá. Só para o estado estão previstos R$ 4,7 bilhões em obras e entregas de interesse dos amapaenses. #LulaNaRádioDiárioFM
— Lula (@LulaOficial) February 12, 2025
INVESTIMENTOS NO AMAPÁ – Nesta quinta-feira (13/2), Lula participa, em Macapá (AP), da cerimônia de anúncios do Governo Federal para o estado do Amapá, que inclui doação da Gleba Cumaú (Área J) para regularização fundiária e urbanização, uma ação aguardada pela populaçao há 35 anos. Também está prevista a inauguração do Conjunto Residencial Nelson dos Anjos e a assinatura da Ordem de Serviço de início das obras do Instituto Federal de Tartarugalzinho.
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NOVO PAC – Durante a entrevista, o presidente comentou os investimentos do Novo PAC destinados ao Amapá e ressaltou que todo o processo foi realizado em parceria com o governo do estado. “Por que chamamos os governadores para discutir o PAC? Porque não queríamos fazer obras saindo de Brasília para o Amapá sem que a gente ouvisse o governador. Ele sabe as obras importantes para o estado. O povo do Amapá é quem sabe o que é importante”, ressaltou Lula.
ENTREGAS – Lula ressaltou que o Novo PAC prevê R$ 4,7 bilhões em investimentos que beneficiam o estado, dos quais R$ 3,6 bilhões são exclusivamente em território amapaense. “Desse dinheiro todo, até julho de 2024 já tínhamos entregado R$ 800 milhões. Falta muita coisa para acontecer e vamos fazer acontecer. Vamos assumir mais compromissos com o governo do estado, com os prefeitos, porque governar é isso. É fazer. É entregar. E é isso que vamos fazer”, concluiu o presidente.
