Controle da inflação aliado a crescimento econômico e a incentivos à produção para que os preços de alimentos estejam num patamar condizente com a renda da população. Assim, cada um poderá trilhar o caminho para suas conquistas pessoais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aliou essas engrenagens numa entrevista para a rádio Diário FM, de Macapá, na manhã desta quarta-feira, 12 de fevereiro.
Nesse país, é proibido proibir as pessoas de sonhar. As pessoas sonham e cabe ao governo tentar fazer com que esse sonho se torne realidade. Não fazendo o sonho acontecer, mas criando oportunidades para que a pessoa possa realizar o seu sonho”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“Nesse país, é proibido proibir as pessoas de sonhar. As pessoas sonham e cabe ao governo tentar fazer com que esse sonho se torne realidade. Não fazendo o sonho acontecer, mas criando oportunidades para que a pessoa possa realizar o seu sonho”, disse o presidente.
Para isso, segundo Lula, a equação passa por conciliar os ritmos do mercado interno e externo. “Quando você tem uma demanda grande da sociedade, as pessoas aumentam o preço. Quando tem uma diminuição na demanda, reduzem o preço. O Brasil é hoje o celeiro do mundo. Todo mundo quer comprar coisas do Brasil. Então, temos que nos preparar para que a gente possa atender o mercado externo sem criar problema no interno”, explicou, ao frisar que têm se reunido com diversos setores empresariais e ministérios para achar soluções que tornem os preços dos alimentos mais baratos.
Uma das vertentes, na visão do presidente, é aumentar a capacidade produtiva do país e fomentar políticas de incentivo à agricultura familiar, responsável pela produção de cerca de 70% do que é consumido pelos brasileiros. “Nós temos quase cinco milhões de propriedades de zero a seis hectares. E nessas propriedades que precisamos fazer mais investimento, mais tecnologia, mais financiamento, mais assistência técnica, para que se melhore a capacidade produtiva e para que o alimento possa ser produzido com qualidade, rapidez e quantidade”, argumentou.
Na vertente do agronegócio, o presidente lembrou que os planos safras lançados em 2023 e 2024 trouxeram o maior volume de crédito e de incentivos para o setor da história do país. “O agro produz muita coisa para exportação: carne, soja, milho, etanol. Tudo isso é produzido pelos grandes proprietários de terra, pelas grandes fazendas, que é um benefício importante para o Brasil”, destacou.
COLHEITA – O presidente ressaltou que o país vive um bom momento, com a economia crescendo, a inflação controlada, com políticas inovadoras implementadas e prontas para darem resultados e a massa salarial crescendo. “Será um grande ano, e é um ano que estou com muita vontade de trabalhar, muita vontade de participar dessa colheita, e muita vontade de entregar os resultados dessa colheita para o povo brasileiro”, disse.
DESEMPREGO — Em outro trecho, Lula afirmou que o país registra, atualmente, o menor índice de desemprego da história e mais de 3 milhões de empregos com carteira assinada foram registrados nos dois primeiros anos de governo. Ele pontuou, contudo, que é necessário entender o formato atual do mercado de trabalho. “Possivelmente a juventude não tenha mais o sonho que eu tinha de assinar uma carteira profissional e trabalhar numa fábrica das sete da manhã às seis da tarde. Possivelmente essa juventude queira ser empreendedora, fazer uma prática empresarial. Querem trabalhar por conta própria. Então, estamos trabalhando para que a gente também dê oportunidade a essas pessoas”, afirmou.
CONTRATA+ – Foi com esse foco que na terça-feira o Governo Federal lançou a plataforma Contrata+Brasil, um espaço digital inovador, capaz de conectar milhões de microempreendedores individuais (MEIs) às compras públicas de prefeituras, estados e do Governo Federal, com amplo potencial de gerar mais renda e empregos. Em sua primeira fase, a plataforma cria uma oportunidade potencial de quase R$6 bilhões por ano a MEIs de todo o país. As contratações envolvem serviços fornecidos por pintores, encanadores, eletricistas, pedreiros e gesseiros, por exemplo.