Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, 29 de abril, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou dois eixos prioritários para o Governo Federal: a ampliação da cobertura vacinal no país e a redução do tempo de espera por atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Trouxemos várias propostas para o presidente Lula que nos autorizou, junto com a Casa Civil, a tratar com os demais ministérios, para que a gente possa impulsionar novas parcerias com hospitais privados e planos de saúde, para atender pelo SUS
Alexandre Padilha,
Ministro da Saúde
O ministro anunciou que está sendo desenvolvido um novo modelo de gestão para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias no SUS. A proposta prevê a ampliação de parcerias com hospitais privados, operadoras de planos de saúde e estruturas da medicina suplementar, com o objetivo de acelerar o acesso da população a consultas especializadas, exames e cirurgias.
“Trouxemos várias propostas para o presidente Lula que nos autorizou, junto com a Casa Civil, a tratar com os demais ministérios, para que a gente possa impulsionar novas parcerias com hospitais privados e planos de saúde, para atender pelo SUS e, com isso, garantir o tempo adequado no atendimento, em especial em relação ao câncer”, afirmou Padilha. “É fundamental novas parcerias com o setor privado para aproveitar a capacidade ociosa que muitos desses serviços têm”, destacou.
DIAGNÓSTICO — A medida visa garantir o cumprimento dos prazos legais de atendimento, como o diagnóstico de câncer em até 30 dias e o início do tratamento em até 60 dias. Segundo Padilha, a integração com o setor privado é fundamental para enfrentar esse passivo com eficiência e agilidade.
VACINAÇÃO — De acordo com o ministro, a mobilização nacional de vacinação nas escolas bateu recorde de adesão, com mais de 110 mil instituições de ensino participantes. É a maior adesão da história do programa desde sua criação em 2007. A campanha vacinou estudantes, crianças e adolescentes menores de 15 anos, que recebem, conforme a faixa etária, as vacinas indicadas contra febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e HPV.
“Vamos continuar fazendo a campanha de vacinação na escola ao longo do mês de maio. A campanha vai nos ajudar a aumentar ainda mais a cobertura vacinal. A cobertura da vacina do HPV já passou o índice de mais de 80% da vacinação entre o público feminino. A gente acredita que vai subir ainda mais com essa ação de saúde nas escolas”, destacou o ministro.
DIA D — Padilha também anunciou o retorno do “Dia D” de vacinação contra a gripe, marcado para o dia 10 de maio, véspera do Dia das Mães. A data será dedicada à imunização contra a gripe (influenza) e marca a retomada de mobilizações nacionais. “O Brasil vai voltar a ter dias D nacionais de campanha de vacinação que haviam sido interrompido pelo governo anterior. Mobilização em todo o país para reforçar a importância da campanha contra a influenza”, disse o ministro.