O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, participou da reinauguração da fábrica da Coca-Cola FEMSA Brasil em Porto Alegre (RS) nesta sexta-feira, 9 de maio. A unidade, que ficou cerca de um mês e meio inundada em razão do desastre climático que atingiu o estado no ano passado, retoma agora 100% de sua capacidade de produção.
O Governo Federal esteve presente durante todo o período e a gente vê com alegria que a reconstrução está sendo maior do que foi a destruição”
Geraldo Alckmin, presidente da República em exercício
Durante o evento, Alckmin destacou a importância do investimento da empresa, que aplicou R$ 886 milhões na reconstrução da planta e melhorias operacionais, e elogiou a resiliência do povo gaúcho e a solidariedade nacional no enfrentamento da tragédia.
“É uma alegria estarmos neste momento aqui, na reconstrução de uma das mais modernas fábricas do mundo, com equipamentos, tecnologia, automação das mais modernas, com investimento de R$ 800 milhões aqui em Porto Alegre e R$ 7 bilhões que a Coca-Cola vai investir nas próximas etapas no Brasil todo”, afirmou Alckmin.
AÇÃO FEDERAL — O presidente em exercício reforçou as ações executadas pelo Governo Federal para a recuperação do estado. Foram destinados mais de R$ 111 bilhões, entre recursos para famílias, produtores, empresários, para o estado e os municípios. Um dos destaques citados por Alckmin foi o Auxílio Reconstrução para mais de 400 mil famílias. “O governo do presidente Lula esteve aqui desde o início atuando junto às famílias. Liberou o Auxílio de Reconstrução, R$ 5.100 reais por família, prorrogou a dívida do estado, tirou os juros durante três anos, o que dá R$ 23 bilhões de melhora de fluxo, esteve presente na área da saúde, educação, infraestrutura, criou um fundo específico, R$ 6,5 bilhões. O Governo esteve presente durante todo o período e a gente vê com alegria que a reconstrução está sendo maior do que foi a destruição”, declarou.
PRODUTO INTERNO BRUTO — Alckmin também destacou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, potencializado pelos esforços e investimentos federais. “No ano passado, nós tivemos 3,4% de crescimento do PIB brasileiro, um crescimento forte, e a indústria de transformação cresceu 3,8%. Ela puxou o PIB para cima. E o Rio Grande do Sul, com 4,9% de crescimento, mostra que a reconstrução está sendo, graças a Deus, maior do que o impacto que teve”, ressaltou.
REINAUGURAÇÃO — Durante a tragédia climática, a Coca-Cola FEMSA Brasil mobilizou ações de apoio às comunidades locais, especialmente no bairro Sarandi e em Canoas, onde residem grande parte dos trabalhadores da fábrica. Foram doados mais de R$ 1,5 milhão para medidas de emergência, 1 milhão de litros de água, além de apoio a 360 colaboradores impactados, cerca de 10 mil estabelecimentos parceiros e 2 mil catadores de materiais recicláveis.“Faz um ano que vivemos uma situação de crise muito complicada. Naquele momento, uma tragédia, focamos nos colaboradores. Estamos orgulhosos de termos preservado os empregos. Queremos reiterar o compromisso que temos com o Rio Grande do Sul e com o país”, disse o presidente de operações da Coca-Cola FEMSA Brasil, Eduardo Pereyra.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, ressaltou a importância da geração de empregos e dos esforços das diferentes esferas de governo. “Só tinha um caminho: união de esforços, governos locais, governo estadual e Federal, sociedade e voluntariado”.
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, ressaltou as ações de apoio aos empreendedores do estado e a rede de colaboração entre estado, municípios e Governo Federal. “Muitas vidas foram impactadas nessa retomada de confiança, apoiadas também pela empresa. Entramos em campo para garantir que não houvesse outra decisão que não fosse retomar essa fábrica aqui em Porto Alegre”, disse o governador.
INDÚSTRIA — Durante sua fala, o presidente em exercício também destacou as medidas voltadas para revitalizar o setor industrial brasileiro, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o programa de Depreciação Acelerada, a criação da Letra de Crédito de Desenvolvimento e os avanços na Reforma Tributária. “A média de máquinas é de 14 anos. Então, é renovar as máquinas e equipamentos. A depreciação de uma máquina era feita, em média, em 15 anos. Agora, em dois anos. Então, tem R$ 3 bilhões colocados no orçamento para a depreciação acelerada. E agora passamos a ter LCD, Letra de Crédito do Desenvolvimento, que é para indústria e comércio. Um conjunto de políticas para fortalecer a indústria”.