Em diálogo com jornalistas no término da agenda de compromissos na Rússia neste sábado, 10 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou os dados revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que demonstram o crescimento da renda e a queda da desigualdade.
“Uma notícia que me deixou extremamente feliz. Eu venho dizendo para vocês no Brasil que nós plantamos muita coisa nos dois primeiros anos de mandato, depois do processo de reconstrução. E que 2025 seria o ano em que a gente iria começar a colher tudo aquilo que foi plantado”, recordou Lula.
Para o presidente, a pesquisa do IBGE demonstra que o Governo Federal está dando a volta por cima no enfrentamento à fome, à pobreza e à desigualdade — e no aumento do nível de renda da população brasileira. “Todos os indicadores são extremamente positivos do ponto de vista da escalada de conquistas sociais no Brasil”, celebrou.
“Isso é muito bom, porque vocês sabem que eu sonho que um dia o Brasil será um país com um padrão de classe média para todo o povo brasileiro. É esse sonho que eu carrego quando penso em fazer política de distribuição de renda”, compartilhou Lula.
INDICADORES — O Brasil registrou rendimento per capita recorde em 2024 e o menor nível de desigualdade desde 2012, quando foi iniciada a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) sobre Rendimento de Todas as Fontes. As informações do módulo anual da pesquisa foram divulgadas nesta quinta-feira (dia 8) pelo IBGE.
Em 2024, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita, que é a soma de todos os rendimentos da população, atingiu o maior valor desde 2012: R$ 438,3 bilhões. O crescimento foi de 5,4% frente a 2023. Na comparação com 2019, o ano anterior à pandemia de Covid-19, houve uma alta de 15%.
O estudo também mostra que três indicadores que avaliam as desigualdades de rendimento na PNAD Contínua caíram aos menores níveis da série histórica. Em 2024, os 10% da população com os rendimentos mais elevados recebiam o equivalente a 13,4 vezes o rendimento dos 40% da população com os menores rendimentos. Essa foi a menor razão da série histórica, que atingiu seu pico (17,1 vezes) em 2018.